David Chang é um chef de cozinha que pode ser e é considerado por muitos um revolucionário da gastronomia – afinal, quando ele lançou o seu Momofuku, em 2004, em Nova York, não existia fila para comer ramen ao som de música alta e em banquetas desconfortáveis. Responsável pelo boom da cozinha asiática-americana contemporânea, Chang considera-se um sujeito depressivo, que se sente deslocado como americano descendente de coreanos e flerta com pensamentos suicidas, enquanto aposta todas as fichas nos negócios. ‘Morder Um Pêssego’, é um livro de memórias, um relato sincero e bem-humorado de seus sucessos e decepções, ao mesmo tempo que busca explicar a si próprio sua ascensão meteórica no mundo. Nele, ele narra viagens e bebedeiras, acessos de raiva (e arrependimentos), processos criativos, racismo, traumas de infância (como colegas latindo diante da comida preparada pela mãe dele) e o sucesso profissional tido por ele como improvável.