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Na abertura de The Killer (O Assassinato), de David Fincher, observamos um assassino profissional frio, que nunca é identificado, prestes a perpetrar seu último crime. O assassinato está ocorrendo em Paris e o alvo é uma espécie de poderoso magnata corporativo sobre o qual nós, assim como o assassino, não sabemos nada. Sua casa ocupa todo o andar da cobertura de um daqueles prédios de apartamentos parisienses com blocos ornamentados. O assassino, interpretado por Michael Fassbender, estabeleceu sua base em um espaço do WeWork vazio e escuro do outro lado da rua. A ideia central é que o assassino, com sua delicadeza e pontualidade profissional, combinada com a atitude de um assassino em série, tenta se transformar em uma máquina humana de matar, alguém que transforma o homicídio em um sistema, que esmaga qualquer tremor de sentimento em si mesmo. No entanto, a razão pela qual ele precisa se esforçar tanto para fazer isso é que, por trás de tudo, ele tem sentimentos. Isso é o que dá às suas ações um impulso existencial temperamental. Ah e vale citar que o elenco conta com uma brasileira de peso: Sophie Charlotte, que interpreta Magdala na trama.