Explorando a culinária judaica em SP

Para quem não sabe, Pêssach é celebrada durante oito dias no início da primavera em Israel, do dia 06 ao dia 12 deste mês. O período comemora a libertação dos judeus da escravidão no Egito e, durante ele, elimina-se todos os alimentos fermentados dos lares e estabelecimentos, e somente ingere-se matsá, pão ázimo. Nas duas primeiras noites de Pêssach a família é reunida para a realização do Seder quando a história do Êxodo é relatada na Hagadá. Pensando nisso, resolvi trazer dois restaurantes que oferecem comida judaica em SP, caso você tenha interesse em experimentar mais dessa culinária, afinal, a comunidade é numerosa —65 mil judeus vivem na capital paulista, segundo a Federação Israelita do Estado de São Paulo.

O restaurante mais tradicional no Bom Retiro conhecido por muitos como Shoshi, Shoshana ou só de Delishop, estava prestes a fechar as portas quando foi comprado por um grupo de clientes, inconformados com o fechamento. O menu agora é assinado pela chef e pesquisadora Clarice Reichstul, que usou como base as receitas da fundadora. No dia a dia, Graziela Tavares, sócia do extinto Bar Sabiá, na Vila Madalena, chefia a cozinha.
O restaurante Shuk mostra outra faceta da culinária judaica, a sefaradi, que apresenta pastas como hummus ou pratos à base de grãos e carne de cordeiro. Pode dar confusão e muitos ligam à comida arabe, já que tais pratos e ingredientes também aparecem na culinária sírio-libanesa, que tanto se popularizou em São Paulo.

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