Hipnose

Tudo o que você não sabe sobre a hipnose

Eu aposto que você já deve ter visto aquelas cenas cômicas dos filmes de comédia em que pessoas são hipnotizadas e ‘obrigadas’ a fazerem coisas contra sua vontade, pagando vários micos e tirando muitas risadas da plateia, não é? Ou ainda alguém desmaiando assim que o hipnotizador estala os dedos…

Acontece que essa representação toda não poderia estar mais errada. Afinal, hipnose não é bruxaria, truque ou mágica, pelo contrário, seu significado está intimamente ligado com nossa capacidade de concentração e sua prática revela uma coisa importante: como nosso cérebro é extremamente poderoso. 

Pra começo de conversa (e surpresa de muitos), a hipnose não passa de uma técnica, que inclusive, depende completamente do indivíduo para funcionar, onde a lógica é sempre uma: atingir um estado de relaxamento profundo e atenção concentrada. Aliás, você acreditaria se eu te dissesse que muito provavelmente você já foi hipnotizado e nem se tocou? Isso pode acontecer, por exemplo, quando estamos tão concentrados em um pensamento, que simplesmente esquecemos do que acabamos de fazer naquele instante… Se identificou, né? Claro que isso é tido como uma forma muito mais fraca da hipnose, mas acreditem: não deixa de ser.

Então pensa assim: toda vez que estamos absortos em um pensamento a ponto de esquecer tudo e todos à nossa volta, entramos em uma espécie de transe, que inclusive é um estado natural do nosso corpo. Mas, é claro, o extraordinário dessa história toda acontece quando conseguimos promover mudanças poderosíssimas em nossa mente durante ele.

Falando nisso, você sabia que é possível tratar vícios, distúrbios sexuais, estresse, insônia e muitas outras coisas com a técnica? Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, com a escassez da anestesia, alguns médicos optavam por usar a hipnose para realizar procedimentos e até cirurgias nos pacientes. Nesse caso, a técnica funcionava como um bloqueio da dor, já que por meio dela era possível acionar a produção de substâncias com ação analgésica no corpo, fazendo com que os pacientes conseguissem enfrentar melhor a situação… E você aí achando que só era possível superar medos de trovões com ela, né? Hahaha.

Ok, agora é hora de romper com um dos maiores mitos relacionados ao tema: não dá pra ‘apagar’ uma memória durante a hipnose – pelo contrário, em alguns casos é possível até se recordar de momentos que já foram esquecidos e, com o auxílio do hipnoterapeuta,  ressignificar experiências que tenham ocasionado traumas e fobias.

Outro ponto que não posso deixar de citar e que achei MEGA relevante: a hipnose pode ser usada como uma alternativa efetiva no tratamento da ansiedade e depressão. Como? Antes de tudo, o profissional procura entender a origem do que desencadeou a doença e, depois da descoberta, todos os esforços são canalizados para superar esse trauma. Daí, o paciente, através do transe, consegue ‘reviver’ esses momentos sob uma nova perspectiva, ressignificando eventos traumáticos para superar o problema. 

Tá, mas o que isso causa? Uma mudança na química cerebral, que vai começar a se regular, fazendo com que os hormônios voltem ‘ao normal’, o que é algo bem promissor! Afinal, durante a maioria dos casos de depressão ocorre um desequilíbrio químico no cérebro, que começa a produzir os neurotransmissores responsáveis pela felicidade em uma quantidade insuficiente, deixando o indivíduo mais abatido, triste e sem ânimo. 

Enfim, talvez seja a hora de você se permitir dar uma chance para a hipnose e se aproveitar de seus muitos benefícios, ou até indicá-la para alguém que possa se beneficiar. Quem aí ficou com vontade de experimentar?

Direitos reservados Eat Your Nuts