Uma biografia que fala sobre ioga e meditação, mas também sobre depressão e terrorismo 

Dica da Carol Rhuman não dá para não levar a sério, né? Pois bem, eu estou devorando o livro Ioga, de Emannuel Carrère, que explora de forma cativante sua jornada pessoal no mundo da ioga e da espiritualidade ao mesmo tempo em que oferece reflexões perspicazes sobre os aspectos filosóficos e históricos mais amplos dessa prática milenar. Enquanto lida com seus próprios demônios interiores e com a busca de um sentido para a vida, a narrativa de Carrère é, ao mesmo tempo, franca e instigante. Em janeiro de 2015, Emmanuel vai para um retiro de meditação Vipassana de 10 dias, na região de Morvan, na França. Lá, ele faz várias reflexões que são interrompidas quando, quatro dias depois de sua estada no equivalente espiritual da Coreia do Norte, seu retiro é interrompido por notícias graves do mundo exterior. O ataque islâmico ao escritório do Charlie Hebdo precipita uma crise de depressão e desarranjo mental. Não vou falar mais nada, apenas leia-o.

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