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Você se considera consistente? 

Quando você escuta a palavra consistência o que vem à sua mente? Eu estava buscando um tema para trazer essa semana e não me encontrava muito inspirada… só que, paralelo à newsletter, recentemente ando pensando muito sobre o poder da ‘consistência’ e aí não é que achei interessante falar disso aqui?!

Eu não me considero uma pessoa com consistência na vida e isso me atrapalha demais. Talvez seja a minha lua em gêmeos, mas uma coisa é fato, essa falta de consistência é incrivelmente frustrante e dolorosa. Eu sei que ela é a chave para o progresso em todas as áreas da minha vida, mas, de alguma forma, a única coisa em que me vejo sendo consistente é começar algo e depois parar antes de obter qualquer resultado. Irritante… 

Tenho plena consciência de que se aprendermos a fazer algo de forma consistente, teremos um super poder muito maior do que o próprio hábito: seremos capazes de mudar o nosso comportamento! Ou seja, se quisermos melhorar algo, a consistência é extremamente importante, só que, assim como a maioria das pessoas, muitas vezes recorro ao esforço e à motivação para tentar atingir a meta e aí está o problema. 

É diferente confiar na motivação e confiar na consistência. A motivação pode ser uma explosão de energia que se esvai rapidamente, enquanto a consistência leva ao crescimento de longo prazo. Não é difícil ver como isso se aplica à vida real. Basta pensar quando começamos uma nova dieta. No início, estamos motivados e animados para fazer tal mudança, mas, com o tempo, essa motivação começa a se esvair e fica cada vez mais difícil manter as metas. A motivação é ótima para começar, mas é importante lembrar que ela não durará para sempre. Por outro lado, a consistência é uma força mais estável que nos ajudará a permanecer no caminho certo, mesmo quando não estivermos com vontade.

Sam Carpenter, em Work the System, afirma: “(…) a consistência não é uma ferramenta manual que se pega na bancada de ferramentas para usar apenas quando necessário; é uma característica pessoal que deve ser levada para todos os lugares, uma característica a ser usada a cada minuto, permanentemente incorporada à fibra do seu ser.”

Tá, mas por que é tão difícil ser consistente? Por que continuamos a falhar? Simples. A verdade é que estamos mais concentrados no resultado do que no processo. Ah e tem mais, a consistência não precisa ser tudo ou nada – você não é simplesmente consistente ou inconsistente, mas sim um acúmulo do que fazemos ao longo do tempo.

Isso sem falar naquele pequeno detalhe chamado gratificação instantânea. Grande parte das vezes queremos as coisas imediatamente e perdemos a paciência quando não vemos os resultados de imediato, nos levando a desistir facilmente. 

Enfim, se você, assim como eu, deseja ser mais consistente na vida, mas não sabe por onde começar, saiba que existem estratégias práticas para cultivar essa característica. Isso inclui: a criação de cronogramas e to-do lists, o estabelecimento de pequenas metas, a combinação de novos hábitos com os já existentes, a identificação de gatilhos e a aceitação do perdão pelos contratempos.

Por outro lado, embora a consistência seja geralmente vista como positiva, é essencial encontrar um equilíbrio. A rigidez ou inflexibilidade diante de circunstâncias variáveis pode nem sempre ser benéfica e a adaptabilidade é tão importante quanto. 

Então fica aqui meu convite e provocação em sermos mais consistentes, afinal, fazer um pouco de forma consistente sempre será mais eficaz do que fazer muito de forma inconsistente. E isso se aplica a qualquer comportamento ou meta positiva que estejamos tentando alcançar.

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