7 lições tiradas da vida de Jeff Bezos

7 lições tiradas da vida de Jeff Bezos

O patrimônio líquido de Jeff Bezos aumentou em 1000% na última década – de 18 bilhões para 163,3 bilhões de dólares. Chocante né? O market cap da Amazon aumentou de US$ 114 bilhões no quarto trimestre de 2012 para US$ 1,57 trilhão a partir de fevereiro de 2022. O preço de suas ações durante o IPO foi de US$ 1,5; hoje, está em torno de US$ 3.000. Isso significa que US$ 1000 investidos na IPO da Amazon teriam sido 2,34 milhões de dólares em 2021.

A Amazon teve lucro líquido de US$ 33,36 bilhões, além de possuir o gigante Whole Foods, e a empresa futurista Zoox, que está desenvolvendo veículos autônomos. Que a empresa é um gigante não temos dúvidas, mas e quem está por trás disso tudo? Bezos, um gênio curioso, responsável por criar um império global. Independentemente se você gosta ou não gosta dele, ele é o que é e sua trajetória tem muito o que nos ensinar, por isso, hoje vou falar a respeito disso para que possamos tirar algo de toda a sua jornada.

Jeff Bezos nasceu quando sua mãe ainda era uma adolescente. Sua infância foi bastante incomum e seus pais se divorciaram um ano após o casamento, em 1965, e seu pai não foi uma figura presente em sua vida. Três anos após o divórcio, sua mãe casou-se com um imigrante cubano, Mike Bezos.

Primeira lição: Força da autoconfiança

Bezos era um garoto com uma curiosidade insaciável. Costumava passar os verões no rancho de seu avô no Texas e credita a esse tempo o fato de ter se tornado auto-suficiente e cheio de desenvoltura. Quando uma escavadeira quebrou, ele e seu avô construíram uma grua para levantar as engrenagens e consertá-las. Nesta entrevista, Bezos compartilha algumas idéias interessantes sobre seu avô e como sua influência o transformou em uma pessoa consciente.

Segunda lição: Mindset criativo

Todos nós tínhamos aquele amigo nerd que era obcecado por projetos científicos, que usava pilhas velhas e qualquer tipo de desperdício eletrônico para fazer pequenos gadgets. Bezos era meio como aquele amigo, mas muito mais interessante e divertido. Sua mãe incentivava sua paixão por eletrônica e mecânica, deixando-o transformar a garagem da família em um laboratório de projetos científicos. Ela também o levava ao Radioshack – loja americana de artigos eletrônicos – várias vezes ao dia.

“Eu estava constantemente criando armadilhas em casa com vários tipos de alarmes e alguns deles não eram apenas sons alarmantes, mas na verdade eram como armadilhas físicas”, diz ele. Provavelmente esta mentalidade inventiva o levou a lançar tantos produtos de hardware após o sucesso da Amazon e da AWS.

Terceira lição: Seja uma tartaruga

Bezos era teimoso quando criança. Ele tinha uma persistência infinita para as tarefas que assumia – levou anos de persistência para que todas as suas startups e negócios se tornassem lucrativos. Para você ter uma ideia, a Amazon foi fundada em 1994, mas seu primeiro ano de lucro foi em 2001. “A professora reclamou para minha mãe que eu estava muito concentrado nas tarefas e que ela não conseguia fazer com que eu trocasse de atividade, então ela tinha que simplesmente pegar minha cadeira e me mover. E a propósito, se você perguntar às pessoas que trabalham comigo, isso provavelmente ainda é verdade hoje“. Bezos costumava aconselhar sua equipe – “seja a tartaruga e não a lebre”.

Quarta lição: Tríade da sabedoria

No livro, Inventar & Vagar: Príncipios e Filosofias da Amazon e Blue Origin, o autor Walter Isaacson mencionou alguns traços comuns que ele observou em todos os gênios da história. Um desses traços era a curiosidade – de Steve Jobs até Da Vinci e Benjamin Franklin. Para ele, todos nós perdemos o encanto infantil, aquela curiosidade insaciável e ‘deixamos de se intrigar com os fenômenos cotidianos – podemos apreciar a beleza de um céu azul, mas não nos preocupamos mais em nos perguntar por que ele é dessa cor. Walter acredita que a tríade das ciências humanas, dos negócios e da tecnologia foi o que fez Bezos ter sucesso.

Quinta lição: Quadro de minimização de arrependimento

Bezos decidiu fundar uma loja de varejo online e, para ele, fazia mais sentido começar com um produto: livros. Para tomar a decisão, Bezos usou um exercício mental que se tornou uma ferramenta famosa para seu processo de cálculo de risco. Ele o chamou de “quadro de minimização de arrependimento”. Ele imaginou o que sentiria quando fizesse 80 anos e pensasse de volta à decisão. Seu objetivo era minimizar o número de arrependimentos que ele teria em seu leito de morte. “Eu sabia que quando eu tivesse oitenta anos, não iria me arrepender de ter tentado isto. Não ia me arrepender de ter tentado participar desta coisa chamada internet, que eu pensava que ia ser uma grande coisa. Eu sabia que se eu falhasse, não me arrependeria disso, mas sabia que a única coisa de que poderia me arrepender é de nunca ter tentado. Eu sabia que isso iria me assombrar todos os dias”.

Sexta lição: Modelo mental de portas unidirecionais e bidirecionais

Bezos usou a alegoria de portas unidirecionais e portas bidirecionais para explicar o conceito de decisões irreversíveis e reversíveis. Se você passa por uma decisão de porta de mão única e não gosta do que vê do outro lado, você não pode voltar para onde estava antes. Ele disse que estas decisões devem ser tomadas metodicamente, cuidadosamente, lentamente, com grande deliberação e consulta. No entanto, ele acreditava que a maioria das decisões não são assim – são mutáveis, reversíveis – são portas de dois sentidos. Se você tomou uma má decisão de porta bidirecional, não precisa viver com as consequências por tanto tempo. Você pode reabrir a porta e voltar a entrar.

Sétima lição: O Efeito Lindy

Essa é a ideia de que, quanto mais velha for uma coisa, maior a probabilidade de que ela esteja por perto no futuro. “Se um livro está em circulação há quarenta anos, posso esperar que estará por mais quarenta anos. Mas, essa é a principal diferença, se ele ‘sobreviver’ por mais uma década, então acredita-se que ele será impresso por mais cinqüenta anos”.

Ele é normalmente questionado sobre grandes mudanças que o mundo poderá experimentar nos próximos dez anos. É uma pergunta interessante, mas Bezos acredita que fazer a pergunta oposta ajuda você a descobrir oportunidades inexploradas. “O que mudará nos próximos 10 anos?” Essa é uma pergunta muito interessante; é uma pergunta muito comum. Raramente recebo a pergunta: O que não vai mudar nos próximos 10 anos?. E eu lhe garanto que essa segunda pergunta é na verdade a mais importante das duas – porque você pode construir uma estratégia comercial em torno das coisas estáveis no tempo.”

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