vida extraterrestre

Afinal, vida extraterrestre existe?

Essa semana, pilotos de quatro diferentes aeronaves identificaram luzes curiosas brilhando no céu noturno, no Rio Grande do Sul, e fizeram seus relatos para a torre de controle. Eram luzes que se apagavam, acendiam e giravam em espiral entre elas, bem forte. Logo, o boato de que eram OVNIs se espalhou, mas calma, porque por mais que OVNIs remetam imediatamente a extraterrestres, a sigla é usada para se referir a “qualquer objeto no céu sobre o qual não se saiba a ‘origem natural’ em um primeiro momento”. O fato  é que tudo isso me fez questionar:  vida extraterrestre existe ou não existe? 

Tal questionamento paira sobre a humanidade há milênios. Já foram encontrados registros históricos refletindo sobre a ideia, em documentos do Jainismo – religião indiana que data de 599 aC – e toda essa reflexão gera dúvidas. 

Ano passado tivemos um grande avanço com o relatório histórico do governo americano que deixou claro a possibilidade de visitantes extraterrestres finalmente serem levados a sério por todos, de senadores a um ex-presidente e ao Pentágono. Paralelo, a NASA criou um grupo de estudos independente, focado em estudar fenômenos aéreos não identificados. Em maio deste ano, altos funcionários da inteligência de defesa testemunharam ao Congresso que o número de OVNIs oficialmente catalogados pela recém-formada força-tarefa do Pentágono, havia crescido para 400. 

Para continuar nos avanços e agora indo pro lado tecnológico, temos James Webb, o mais novo e mais poderoso observatório da humanidade (ele custou cerca de US$ 10 bilhões), permitindo que sinais muito mais sutis possam ser detectados, caso eles venham a ser encontrados. 

Matematicamente falando, alienígenas deveriam existir, afinal, há cerca de 120 bilhões de galáxias no Universo observável, parecendo improvável que a humanidade seja a única espécie inteligente na vastidão cósmica. É preciso entender que, ao se pesquisar um planeta, não estamos mais buscando pequenos homenzinhos verdes e, sim, rastros indiretos de vida, como por exemplo, a presença de oxigênio e metano, ou ainda, a presença de produtos químicos industriais complexos na atmosfera – isso sim, diria aos astrônomos que uma espécie tecnologicamente capaz como nós habita aquele mundo distante. 

Adam Frank, astrônomo da Universidade de Rochester, nos EUA, acredita que  ‘depois de 2.500 anos de pessoas gritando umas com as outras sobre vida extraterrestre, nos próximos 10, 20 ou 30 anos talvez tenhamos dados concretos sobre isso’, principalmente  porque, para ele, há uma mudança de mentalidade dentro da comunidade científica acerca da busca por vida inteligente fora da Terra. O preconceito referente ao tema está cada vez mais desaparecendo e se descolando de teorias da conspiração e grupos nichados. 

Mas como reagiremos se algum contato fosse feito? 

Com a busca em andamento e a alta possibilidade de encontrá-la (de acordo com a equação de Drake), não é surreal pensar como seria a nossa reação se tal encontro realmente acontecesse – especialmente, considerando que uma espécie alienígena inteligente provavelmente será muito diferente da nossa. Muitos acreditam que o encontro

poderia ser benéfico para o desenvolvimento da humanidade como um todo. Por outro lado, há quem acredite que tal encontro não seria amigável – podendo resultar em um conflito militarizado. 

Jill Stuart, especialista em direito do espaço sideral, na London School of Economics, não acredita que os humanos farão contato com extraterrestres durante nossas vidas, mas enxerga que, mesmo que estes cenários focados no futuro nunca aconteçam, todo o processo tem valor em si mesmo. ​​”Buscamos o Universo para nos descobrir, porque ele nos obriga a refletir sobre como nos relacionamos uns com os outros, como nos relacionamos com nosso ambiente e com outras espécies e pessoas”. 

Para ela, é improvável que qualquer estrutura internacional amplamente aceita venha a ser desenvolvida até que seja necessário. As pessoas gostam de ter cenários, materiais reais a fim de trazer novas ideias para a lei. Caso haja contato, é possível que as estruturas jurídicas existentes, que regem os direitos humanos, possam ser estendidas e adaptadas às dos estrangeiros. Mas, uma consideração importante neste caso seria a intenção dos estrangeiros: se são do bem ou do mal. 

Interessante pensar por esse lado, né? Aqui você pode ler uma reflexão mais profunda sobre os possíveis planos estratégicos, caso os encontrássemos. 

O tema é literalmente interminável e existem inúmeras facetas pelas quais ele pode ser refletido. Se você quer saber a minha opinião, compartilho do ponto de vista da Jill – com certeza existe vida inteligente fora da Terra, mas não sou otimista de que iremos descobri-la  ainda nessa vida. Aproveito e deixo aqui uma série de links, livros e filmes a respeito do tema para você que tiver interesse em continuar se aprofundando.

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