Bem-vindo ao Metaverso um lugar onde o digital e o físico se convergem

Bem-vindo ao Metaverso: um lugar onde o digital e o físico se convergem!

Muitas vezes diante da ‘perfeição do mundo virtual’ e do bombardeamento das redes sociais, fica difícil separar o mundo online do offline“O smartphone não é mais apenas um dispositivo que usamos, ele se tornou o lugar onde vivemos”, de acordo com Daniel Miller, professor de antropologia da University College London. Agora, imagina como tudo isso pode evoluir desde que o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou sua mais nova e ambiciosa iniciativa: a criação do Metaverso. Zuck acredita ser este o sucessor da internet móvel devido a sua capacidade de juntar todos os mundos virtuais formando um universo único que podemos atravessar. Hã? Não tá entendendo nada? Calma, nesta edição da EYN vamos entender melhor o que tudo isso significa e o burburinho que essa novidade vem causando por aí…

A pandemia nos forçou a enfrentar distanciamentos e lockdowns e, junto disso tudo, houve um aumento no sentimento de desconexão e solidão, alterando a nossa experiência coletiva e acelerando ainda mais a nossa imaginação em torno da criação de uma realidade alternativa na qual uma interação em tempo real, a qualquer momento com os outros (potencialmente milhares de outros) será possível. Um mundo onde se pode viajar – sem restrições – quando e onde quiser, um mundo onde qualquer experiência se torna possível e acessível.

Essa é a ideia do Metaverso que promete substituir inteiramente a internet atual.

Mas afinal, o que é o Metaverso?

O termo foi cunhado pela primeira vez no século passado, em 1992, no romance de ficção científica de Neal Stephenson, “Snow Crash”, o qual descreve um futuro distópico dominado pela tecnologia onde há uma convergência da realidade física, aumentada e virtual em um espaço online compartilhado. Para se ter ideia, a obra é muito citada entre os bambambans digitais como Sergey Brin, um dos cofundadores do Google; Reid Hoffman, fundador do LinkedIn e agora Zuckerberg, e mostra como ela é capaz de alterar radicalmente a visão de muitos sobre o futuro da tecnologia.

Assim como o mundo físico não para nunca quando você vai dormir, o mundo virtual do Metaverso também não desliga – ele evolui e muda, mesmo quando os usuários estão desconectados e, por isso, muitos o atribuem a característica e palavra-chave persistência. “De forma simples, considere que, ao contrário da internet de hoje, onde cada um de nós puxa informações estáticas de um servidor de forma amplamente assíncrona, o conceito de um metaverso nos dará a capacidade de entrar em uma realidade alternativa “persistente” (sempre ligada) onde podemos interagir de uma forma completamente “sincrônica” (em tempo real), com pessoas, lugares e coisas.”

E quais as características do Metaverso?

Em essência, o Metaverso é uma realidade paralela, onde podemos trabalhar, brincar e se relacionar“Ele deve abranger os mundos físico e virtual; conter uma economia de pleno direito; e oferecer “interoperabilidade sem precedentes”, ou seja, os usuários precisam ser capazes de levar seus avatares e mercadorias de um lugar para outro no Metaverso.” De maneira crítica, nenhuma empresa administrará o Metaverso – será uma “internet incorporada”, de acordo com Mark, operada por muitos participantes diferentes, de forma descentralizada.

Quem construirá o Metaverso?

Já existem empresas que estão construindo todo esse universo, além do Facebook. Por exemplo, o jogo Fortnite, desenvolvido pela Epic Games em 2017, permite que os jogadores se envolvam em três modos de jogo diferentes, incluindo um modo de “batalha real” em que até 100 jogadores enfrentam-se até uma última pessoa vencer. Quando questionado em 2019 se Fortnite era um jogo ou uma plataforma, o fundador da Epic Games, Tim Sweeney, respondeu: “Fortnite é um jogo, mas por favor pergunte novamente em 12 meses.” Nos 12 meses seguintes, a Epic começou a responder a essa pergunta, evoluindo Fortnite e confundindo as linhas entre o mundo real e virtual. Por exemplo, o rapper Travis Scott fez uma série de cinco shows em Fortnite, atraindo cerca de 50 milhões de participantes. E a Epic não é a única empresa que vê os jogos como uma porta de entrada para o Metaverso.

“Pensar que a Amazon não tem projetos para ser a principal presença de varejo no Metaverso seria ingênuo.” O Twitch, plataforma de jogos ao vivo da empresa, possui mais de 140 milhões de usuários únicos mensais que, como um grupo, assistiram a quase 2,2 bilhões de horas de conteúdo transmitido ao vivo apenas em abril deste ano.

A maior oportunidade para bens físicos são bens virtuais.

As lojas digitais (idênticas às reais) e as experiências de compra aumentadas estão pavimentando o caminho para a próxima etapa do varejo – que é intuitiva, imersiva e envolvente. De acordo com o 2020 US Retail Index da IBM, a pandemia acelerou a mudança das lojas físicas para as digitais em aproximadamente cinco anos. Os ecommerce estão tendo que intensificar o jogo de forma rápida.

Esse é o caso da The Fabricant, uma casa de alta costura exclusivamente digital com foco em “mostrar ao mundo que a roupa não precisa ser física para existir”, tem visto um pico no interesse – de consumidores e marcas. Juntamente com seus próprios designs, incluindo um vestido digital que foi vendido por US$ 9.500 em 2019, a The Fabricant colaborou com marcas de grande renome, incluindo Adidas, Puma e Tommy Hilfiger.

É loucura pensar que um vestido que nem existe no mundo físico possa atingir um valor tão exorbitante, né? Acontece que os consumidores estão atribuindo um alto valor aos bens digitais. Para se ter uma ideia, em média, uma casa digital vale mais de US$ 76.000; uma obra de arte digital original vale US$ 9.000 e uma bolsa de designer digital vale mais de US$ 2.900.

Grandes nomes do mercado de moda e de automóveis – seja de massa ou de luxo – estão começando a optar por novos lançamentos de produtos direto através de avatar (DTA). A Ralph Lauren lançou uma coleção digital de roupas de 50 peças em agosto deste ano, disponível para compra no aplicativo de rede social Zepeto. Em fevereiro de 2021, o mercado NFT RTFKT vendeu 600 pares de tênis digitais em apenas sete minutos, gerando US$ 3,1 milhões em vendas e, em junho de 2021, uma bolsa Gucci digital foi vendida no Roblox por mais de US$ 4.000, bem mais do que o preço da bolsa física.

O potencial do metaverso

É interessante pensar como esse novo capítulo funcionará. Pensando pelo lado da sustentabilidade, nós seremos capazes de reduzir a quantidade de itens físicos, porque vamos passar a dar valor para itens digitais. A ideia de um mundo digital sobreposto no físico é curioso, afinal, imagina que legal fazer uma reunião sem precisar do computador e sim, usando apenas um óculos? Ou o fato de uma pessoa poder visitar um showroom do outro lado do mundo no conforto de sua casa, gerando uma grande economia de custos?

Agora, quero saber, qual é a sua opinião sobre tudo isso?

Para ir ainda mais a fundo:

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