Gen Z e a moda, uma relação contraditória

Gen Z e a moda, uma relação contraditória!

Essa semana fiquei impressionada com a notícia que a Shein está prestes a se tornar a terceira startup mais valiosa do mundo. Foi durante a pandemia que a gigante viu suas vendas triplicarem, com a intensificação das compras online, para US$ 10 bilhões, alcançando o posto de maior varejista 100% online do mundo. Agora, a startup chinesa está negociando uma rodada de investimentos que pode resultar em uma avaliação de valor de mercado de US$ 100 bilhões.

Fiquei me perguntando o quanto isso não vai em desencontro com as notícias que eu li nos últimos anos sobre os consumidores da Gen Z levarem a sério causas sociais e ambientais relacionadas à indústria da moda. Como pode ao mesmo tempo ser consciente e comprar na Shein que vende peças a 10 dólares, disponibilizando mais de 4 mil itens novos diariamente?

Tudo isso fica ainda mais contraditório se você lembrar que justamente essa geração está impulsionando os mercados de roupas de segunda mão/vintage/revenda — segundo relatório de 2021 do thredUp, plataforma de brechó online popular nos Estados Unidos. 

Então, por que a Shein só cresce?

Bom, primeiro vale entendermos o motivo que leva os jovens a consumirem itens usados, principalmente os de luxo. O fator sustentabilidade é um fator relevante, mas segundo pesquisa, ela ficou em segundo lugar. Acesso a itens icônicos e difíceis de encontrar foi a razão número um, enquanto economizar dinheiro foi o terceiro grande fator.

Isso nos leva a perceber que o problema está justamente na acessibilidade a itens em alta e, enquanto isto estiver em primeiro lugar, o fast-fashion não desaparecerá. Com um grupo de designers se baseando principalmente em hashtags, análises de plataformas como o Instagram e o TikTok, recorrendo às ferramentas do Google Trends, a Shein consegue mapear a busca por determinadas silhuetas, tecidos, estampas e cores, tornando acessível o mais desejado em cada parte do mundo.

Sem contar que eles fazem um excelente trabalho de inspiração o suficiente para que o resultado final seja reconhecível, mas sem copiar nada que seja legalmente protegido. Com isso, o jovem compra e, em troca, sente estar ‘na moda’ e ‘in’ nas tendências atuais.

Então, afinal, qual é a posição da Geração Z sobre as gigantes do fast fashion? 

Eles querem sim um mundo mais sustentável, mas questões relacionadas às realidades financeiras, um modelo de produção que permite uma oferta de tamanhos bastante ampla – atendendo pessoas diversas – além de usar algoritmos para traçar as tendências e assim, atendendo à tribos bem diferentes entre si, fazem com que o reinado da segunda mão não seja total, pelo menos por enquanto, por isso, pessoas ainda optam pelo barato.

Nós aqui incentivamos a compra second hand, por isso, indicamos o Daz Roupaz, brechó que fomenta a economia de moda circular. Eles facilitam o processo e oferecem três maneiras de ‘agir de forma sustentável’ na hora de fazer suas compras:

  • Você pode tanto vender suas peças e ganhar um ‘vale-circular’ para gastar em uma das marcas parceiras (Zara, Nike, Renner, C&A, Riachuelo, Schutz e Hering), usar esse crédito na própria Daz, ou ainda receber o valor em dinheiro.
  • Caso você não queira vender nada, só comprar, você pode adquirir as milhares de peças que a Daz disponibiliza em seu e-commerce e lojas físicas. Curtiu? Nós conseguimos 10% de desconto para você sair de lookinho novo e ainda fazer o bem – basta o usar o código EYN10.

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