Você é a favor ou contra a legalização da maconha

Você é a favor ou contra a legalização da maconha?

O mundo dos negócios anda animado com a tendência mundial pela legalização da maconha e isso já não é novidade para ninguém. Em 2019, o relatório The Global Cannabis Report, elaborado pela firma de inteligência de mercado The Prohibition Partners, previu que o mercado legalizado de cannabis deve movimentar um total de US$ 103,9 bilhões (R$ 593,27 bilhões) até 2024. Desse total, US$ 62,7 bilhões (R$ 358 bilhões) deverão vir do uso medicinal da planta

Para nós, brasileiros, parece que o país caminha a passos lentos frente às muitas medidas restritivas ainda em vigor, enquanto países da América Latina, como o México que recentemente legalizou a produção e venda da droga, assim como o Uruguai avançam.

O movimento para legalizar a maconha medicinal tem suas raízes na década de 1980 e início dos anos 1990, durante os piores dias da epidemia de Aids nos Estados Unidos. Em 1996, a Califórnia tornou-se o primeiro estado a liberar a maconha para ser usada como remédio. Hoje em dia, mais de 30 dos cinquenta estados nos EUA já permitem o uso recreativo ou já descriminalizaram o seu consumo. Nesses locais, 72% dos maiores de 21 anos dizem já ter consumido ou estarem abertos ao consumo.

No Brasil, a maconha ainda é vista com desconfiança. O setor deu um passo importante em 2019 com a liberação pela Anvisa da venda de produtos à base de cannabis em farmácias, ‘no entanto, os preços ainda são altos, o cultivo e a manipulação da substância no país seguem proibidos’. Outro avanço é a possibilidade de liberação do cultivo nacional da planta atualmente em discussão no Congresso. Porém, para Camila Teixeira, CEO da Indeov, que auxilia empresas internacionais a entrar no mercado de cannabis medicinal brasileiro, a droga estaria passando por uma “legalização silenciosa”, devido à demanda do que propriamente à regulamentação existente.

Embora o uso da maconha, hoje, se estenda para diversos setores em países que tiveram uma liberação menos restrita, como recreativo, têxtil, alimentar e automotivo, o destaque continua sendo a utilização terapêutica do canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabidiol (THC), o princípio psicoativo da planta. Ambos prometem tratar dores crônicas e outras enfermidades graves, como câncer, epilepsia e fibromialgia. Para você ter ideia, hoje em dia, um quarto dos pacientes com câncer, em Seattle, usam maconha como parte do tratamento.

A verdade é que sua aceitação vem numa crescente desde que a ONU a reclassificou oficialmente para uma lista que inclui substâncias com propriedades medicinais, e isso vem refletindo no mundo e no mercado. Por exemplo, até pouco tempo atrás qualquer tipo de aplicativo que comercializasse ou facilitasse o consumo de maconha era banido da App Store, coisa que o CEO Tim Cook resolveu liberar recentemente. Outro grande destaque foi o e-commerce Jane Tech, especializado em venda de cannabis, que acaba de concluir sua segunda rodada de investimentos, captando 100 milhões de dólares.

A pandemia também aumentou as vendas online da maconha mostrando que ‘para muitos americanos, ter maconha suficiente era tão essencial quanto estocar papel higiênico.’ Antes da Covid-19, apenas 17% das vendas legais de cannabis eram feitas online, porém durante o auge do isolamento, esse percentual atingiu a marca de 52%.

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