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Morrer hoje em dia custa caro. Entenda mais sobre a indústria da morte!

Você já parou para pensar que morrer custa caro? Para você ter uma ideia, o brasileiro teria que trabalhar em média 39 dias para pagar um funeral. A realidade é a indústria da morte, que por décadas foi notoriamente difícil de interromper com novas tecnologias, agora está se transformando rapidamente sob a pressão exercida pela pandemia COVID-19, ganhando novas tendências e gerando oportunidades financeiras para muitas pessoas e é nisso que vamos aprofundar hoje.

Se você não sabe, o mercado em questão consiste na venda de serviços de atendimento à morte e bens relacionados por entidades (organizações, empresários e parcerias) que preparam os mortos para sepultamento ou cremação, realizando funerais. Este mercado é segmentado em casas funerárias e serviços funerários; e cemitérios e crematórios. Para trazer um pouco de contexto, a indústria de cuidados com a morte atingiu um valor de quase US$ 103 bilhões só em 2020 e espera-se que seu crescimento chegue a US$ 201 bilhões até 2030.

O ano de 2020 foi o ano em que mais pessoas morreram no país na história. O crescimento foi de 14,96% em relação ao ano anterior – foram 1,45 milhão de mortos contra 1,26 milhão, em 2019. A pandemia fez o setor funerário ter sua demanda disparada beirando quase que um colapso, de acordo com a Abredif, além de ter colocado a morte de forma mais direta diante das pessoas, principalmente os indivíduos das gerações mais jovens.

Isso tudo fez com que muitas tendências fossem dramaticamente aceleradas, resultando na criação de novas empresas e startups que buscam atender a todos os perfis de consumidores, resultando em uma explosão de produtos e serviços exclusivos. Por um lado, em tempos difíceis, famílias estão optando pela cremação ou reduzindo os serviços memoriais para os entes, de outro, muitos também estão procurando homenagear aqueles que perderam de maneiras mais pessoais e significativas – reforçando como seu ente querido era único.

Uma das empresas jovens mais intrigantes é a Parting Stone, sediada em Santa Fé, que trabalha com um engenheiro de cerâmica no Laboratório Nacional de Los Alamos para desenvolver um processo para transformar cinzas humanas em pedras lisas. Isso mesmo, em vez de enterrar seus entes queridos, você pode segurá-los na palma da sua mão. Cada cremação produz de 40 a 60 pedras, para que você possa distribuí-las entre amigos e familiares. Já a Eterneva pega as cinzas da cremação e inicia o processo meticuloso de transformá-las em um diamante deslumbrante.

Não poder comparecer a um funeral rouba a todos a oportunidade de curar e reunir as pessoas para compartilhar histórias e honrar a vida, e a pandemia nos impediu de ir fisicamente a funerais, colocando os holofotes sob um problema e nos fazendo encontrar maneiras novas de reunir as pessoas – a transmissão ao vivo de serviços funerários.

Também está em alta o pré-planejamento para a morte. Um número cada vez maior acredita que a preparação para o inevitável com antecedência é pragmática, e com isso estão procurando opções para planejar sua própria passagem e serviço, ou de um membro da família, até para aliviar sua família e garantir que ela seja tão única quanto a pessoa que deixou esse plano. Com a pergunta, ‘o que você faz quando alguém morre?’, Liz Eddy sofreu com a organização do enterro de sua avó e isso foi o suficiente para inspirá-la a começar um novo negócio: Lantern, uma ferramenta digital de planejamento de fim de vida.

Para citar outras nesse mercado temos a Funeralocity, que fornece preços comparativos para serviços funerários por código postal ou a GatheringUs que organiza digitalmente os memoriais. Sem falar em você poder até mesmo redigir documentos jurídicos importantes online em sites como o FreeWill.

E aí, você já tinha parado para pensar em tudo isso? Já tinha pensado em como as famílias de hoje trazem novos valores, preferências e opiniões que estão mudando o mundo do serviço funerário? Conta para a gente!

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