Por que os preços estão subindo

Por que os preços estão subindo?

A gente tá vendo muita notícia e informação sobre a alta da inflação, mas você sabe o porquê disso?

O que é a inflação?

A inflação é o aumento generalizado dos preços, resultando em uma perda de poder aquisitivo ao longo do tempo: significa que seu ‘dinheiro’ não irá tão longe amanhã como foi hoje. Ela é, tipicamente, expressa através da variação anual dos preços de uma cesta de bens e serviços.

No Brasil, o IPCA é o principal indicador que mede a inflação. Em abril, ele atingiu a maior taxa para o mês desde 1996. Segundo o IBGE, o índice de difusão do IPCA foi de 78,3%, o maior desde janeiro de 2003 (85,9%).

Ok, e a inflação está acontecendo porque…

Algumas razões:

  1. A recuperação econômica. Quando a economia começa a se recuperar após uma queda (como após uma pandemia global), os preços tendem a subir, porque as pessoas estão mais dispostas a gastar quando têm mais dinheiro e as companhias aumentam os preços quando as pessoas estão comprando mais.
  2. Mudanças no clima. Uma grande quantidade de commodities (matérias-primas) pode ser afetada negativamente se o clima estiver muito frio ou seco. Isso pode levar à escassez de mercadorias como milho e trigo. E esses custos adicionais aumentam os preços para os consumidores.
  3. Interrupções na cadeia de suprimentos. A produção de bens é um processo. E, qualquer problema, em qualquer lugar ao longo de tal processo, pode impactar na disponibilidade de um produto para o público. Isso pode acontecer por uma interrupção interna, como escassez de trabalhadores ou por uma interrupção externa, como uma grande tempestade que impede que uma empresa possa distribuir seus produtos.
  4. Guerra. A maior interrupção de todas, global, causada pelo homem. Desde a invasão russa na Ucrânia, o preço da energia disparou, especialmente com as sanções impostas à Rússia, afetando os preços do gás. Além disso, a baixa disponibilidade de grãos e fertilizantes (ambos os países são grandes produtores) também aumenta ainda mais os preços dos alimentos no mundo.

Você deve estar se perguntando: o que está ficando mais caro?

Um monte de coisas, em quase todas as categorias, em especial aquelas que sofreram mais durante a pandemia e agora estão se recuperando. Por exemplo: tarifa aérea, hotéis, restaurantes e gás. Mas também produtos em falta, como chips semicondutores e tudo que os utiliza (carros, smartphones, laptops), eletricidade e frango.

Alimentos e bebidas – +2,06%

Transporte – +1,91%, devido ao aumento dos combustíveis (+3,20) e das passagens aéreas (+9,48%)

Saúde e cuidados pessoais +1,77%

Artigos de residência – +1,53%

O movimento da alta dos preços não é isolado no Brasil.

Até países ricos e com histórico de baixa inflação — como Reino Unido e EUA — estão enfrentando a maior escalada de preços desde 1982. Atualmente vivendo uma “crise do custo de vida”, o Reino Unido sofre com a disparada no preço de alimentos e energia.

Isso porque os motivos da disparada são comuns em todo o mundo (como mencionado acima).

Há algo que podemos fazer a respeito da inflação?

A inflação pode aparecer de várias maneiras (às vezes sorrateiramente) e é importante sim proteger seu orçamento. Algumas idéias:

Comparação de preços nas lojas assim que os preços começam a subir, é importante prestar muita atenção ao que você está comprando. Se houver uma opção mais barata, tente trocar seu habitual. Seu orçamento diz obrigado.

Reduza seus gastos, através de trocas fáceis para os produtos que você precisa. Se não conseguir, procure outras maneiras de cortar custos para que seu orçamento não fique muito esticado. Olhe todas as suas despesas mensais regulares para ver com o que você pode viver sem ou diminuir seu orçamento.

Invista, através de uma carteira bem diversificada, mas não faça nenhum movimento brusco. Reserve este tempo para avaliar se você está confortável com sua alocação de ativos a longo prazo. Caso contrário, é hora de ajustar sua estratégia para corresponder à sua tolerância ao risco.

Extra: Do estrela Michelin ao PF: a inflação no almoço no centro financeiro do país.

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