camomila

Quem nunca recorreu à camomila em busca de calmaria?

Todo dia à noite eu tomo meu chá e na maior parte dos dias o sabor escolhido varia entre dois tipos que tenho em casa: um blend feito com rooibos que comprei em Estocolmo, numa loja especializada em ‘sono’ e tudo relacionado à ele ou a tradicional camomila. Saboreando as notas suaves de maçã junto da doçura delicada que lembra o mel, me questionei o porquê dessa erva ser tão querida por tantos, e lá fui eu pesquisar. Acabei me deparando com um artigo do NYT abordando como a camomila está mais popular do que nunca, no universo da moda e da gastronomia – vem comigo que eu explico.

A camomila é utilizada desde os tempos antigos, tanto pelos egípcios quanto pelos antigos romanos que a transformavam em chás, pomadas, cremes, incensos etc. Ambos os povos a consideravam uma planta medicinal, usando-a triturada e em chás, para tratar problemas de pele e outras doenças. Na era moderna, o chá de camomila noturno é como uma muleta para induzir o sono. Isso porque, para muitos, a erva é considerada um sedativo natural – possivelmente devido a um composto chamado apigenina – e tem sido estudada como remédio para transtorno de ansiedade generalizada.

Não é novidade que vivemos em um mundo totalmente acelerado e tal ritmo frenético nos causa ansiedade – e justamente pela sua promessa de calmaria, a camomila passou a ser repentinamente onipresente. De acordo com a matéria, a flor está aparecendo em bolos de casamento, coquetéis e mocktails e em menus de restaurantes. Sua imagem apareceu em estampas de passarela, e suas folhas e flores estão sendo usadas para fazer corantes naturais, sem falar na tendência dentro do TikTok, que inclusive gerou crise para os agricultores de camomila nepaleses. 

E por que todo esse frenesi todo? Bom, de acordo com a famosa designer de flores de Nova York, Emily Thompson, ‘sua aparência modesta, com pequenas flores em forma de margarida, folhagem emplumada e caules indomáveis’ trazem de volta a ideia da simplicidade, correspondendo o nosso desejo coletivo por tempos mais simples. Para ela, “a camomila tem uma identidade charmosa e nostálgica”.

Os chefs de cozinha também não ficam para trás. Rae Kramer, chef executivo do restaurante e floricultura de Nova York Il Fiorista, serve um hambúrguer com aioli de camomila e usa mostarda da erva como condimento para o tempero. A confeiteira Aimee France, do Brooklyn, usa camomila para dar sabor a massas, cremes de manteiga e geleias, mas, para ela, o apelo da flor também é estético – ela decora seus bolos de casamento com versões frescas e secas da planta.

Parece que a camomila é mesmo um fitoterápico do passado com um futuro brilhante. Se quiser ler o artigo, só acessar ele aqui. 

Extra  A camomila também é uma das armas secretas dos produtores de vinhos biodinâmicos em todo o mundo.

Materia original.

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